sábado, outubro 24

A ira de Caim

Por Lilian Carla


Já percebeu como por muitas vezes nós complicamos tudo? Isso é próprio do ser humano. A natureza humana é mesquinha, adversa ao sacrifício, tem medo de perder algo e ter de se contentar com o nada... A natureza humana não entende que uma entrega a Deus exige abnegação, exige que abramos mãos de algumas coisas em nossas vidas a fim de recebermos outras ainda maiores. A natureza humana tem enorme dificuldade de acreditar que Deus não desampara e que trará tais coisas maiores. A natureza humana, quase sempre, prevalece... É, não deveria ser assim. Como complicamos!!

"Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo." Genesis 4, 6-7

Era tão simples... Deus só queria o melhor de Caim para lhe dar o Seu melhor. O que Caim ofereceu estava longe de ser o seu melhor. Era sim uma oferta e, portanto, a renúncia de algo, mas ainda não era o melhor. Deus é Senhor e não precisa de nada de nossa parte. Quando abrimos mão de algo em nossas vidas, é porque desjamos expressar-Lhe nossa consideração. Mas que consideração é essa que não se entrega por completo? É como se batizar e não largar o pecado. Deixar de fumar ou se prostituir e não largar a mentira. Ir frequentemente à Igreja e guardar mágoa de alguém. É achar que uma renúncia de um lado releva os caprichos que você mantém do outro lado. Deus disse a Caim: "Não adianta ficar irado com o seu irmão. Apenas siga o seu exemplo e também me agradarei de você!"

Deus falou diretamente a Caim. Deus alertou a Caim para que não deixasse seus desejos lhe dominarem. Mas, em Caim, a natureza humana prevalecia. Ele não ouviu a voz de Deus.

"Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou. Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim. És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão. Quando lavrares o solo, não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela terra. Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará. O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer
que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse." Genesis 4, 8-15

Caim não estava disposto a fazer tudo o que Abel fazia. Ele então pensou que se simplesmente ele fosse o único a ofertar, sua oferta seria a melhor. Bastava então acabar com Abel, tirar-lhe a vida, tirar-lhe do seu caminho.

Mas por que complicar tanto? Ele não pensava na consequência de suas intenções nas atitudes que tomava. Não se policiava nas intenções que tinha ao ofertar ou ao lidar com seu irmão. Abel confiava em Caim. Abel lhe era irmão. Mas Caim estava muito mais preocupado com seus caprichos do que com o que Deus esperava dele.

Caim foi rejeitado por suas intenções.

A intenção de Abel ao fazer tudo o que fazia, eternizou o seu clamor.



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