Andei vivendo essa sequencia de dias quentes, atravessando as pontes do Recife. Meus sapatos sabem de cor o caminho que sigo todos os dias quase que inconscientemente. Hoje eu vi os prédios da rua da aurora refletindo nas águas do rio, parecia um quadro impressionista. Andei tentando driblar a pressa e todas as urgências A vida passa como os carros na avenida Guararapes; rápida, quase não se percebe...
A autora, Anabelli Cavalcanti, estudante de jornalismo PS.: A literatura nacional carece de mais textos seus... :P |
E eu não quero esquecer que estou vivendo, não quero esquecer minha vida cheia de pontes, quanto tempo eu levei até me tornar essa pessoa, decidida no seu curso como as águas do rio...
Ah ! Recife ! minha mãe sempre diz que Recife é a cidade impossível, construída sobre aterros e vulnerável às enchentes. Mas eu nasci Recifense. Carrego a energia e a turbulência dessas ruas, carrego também a postura das estátuas dos poetas que não imploram companhia, imóveis, em vários pontos da cidade...
Nessa cidade se derramam meus dias... e eu apelo para um pouco de prosa e de poesia, para não me esquecer que estou vivendo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário